quarta-feira, 22 de junho de 2011
Violência contra pessoa idosa mobiliza sociedade civil organizada
A pastoral do idoso, junto com os Conselhos Municipais e Estaduais do idoso e os Conselhos Municipais e Estaduais de Assistência Social, realiza nesta quarta-feira, dia 15, caminhada em comemoração ao Dia Mundial da Luta Contra a Violência da pessoa idosa, comemorado hoje, 15 de junho.
Segundo Crismédio Vieira Costa Neto, presidente do Conselho Estadual do Idoso, o objetivo da caminhada é mobilizar a sociedade quanto aos índices de violência cometido contra os idosos em Alagoas e no resto do mundo.
De acordo com dados da Pastoral do idoso, de outubro de 2010 a março de 2011, 400 casos de negligência contra o idoso foram registrados. Crismédio explica que a principal forma de violência cometida contra os idosos no estado são de natureza familiar, seja por negligência, desrespeito, abandono ou violência psicológica.
A assistente social do Conselho Estadual do idoso, Marta Ferreira Gomes, enfatiza que a conscientização da população em parceria com a disponibilidade dos serviços públicos é fundamental para garantir uma velhice mais digna aos idosos. “Temos fartura de leis que garantem os direitos dos idosos, o que falta é a priorização dos serviços públicos e a conscientização da população. Por isso, defendo que seja inclusa na grade curricular dos alunos do ensino médio e fundamental o estudo do envelhecimento, mas principalmente nas universidades, por ser um ambiente acadêmico,” comenta Marta.
Para a assistente social o Brasil não cresceu do mesmo modo que os países ricos e este crescimento desordenado provoca o aumento dos índices negativos. “Enquanto os países mais ricos se preparam para uma população mais velha, o Brasil apresenta expressiva desigualdade social e, com isso, tende a apresentar índices muito ruins”, relata Marta.
Para Marta, a educação, seguida do transporte e da saúde, são os problemas que mais acometem pessoas nesta faixa etária. “Transporte ou saúde são serviços básicos garantidos não apenas pelo Estatuto do Idoso, mas pela própria Constituição. O transporte é um problema sério e a saúde, ainda mais acentuado. Os idosos acordam na madrugada, enfrentam filas enormes e muitas vezes não são nem atendidos,” complementa a assistente social.
O programa universidade aberta é uma das ações que contribuem para a redução dos índices que marginalizam a população da terceira idade. A manutenção da educação é um dos pontos propostos pela Organização Mundial da Saúde.
De acordo com Marta, setores como transporte, saúde, segurança, educação, urbanização e lazer são apenas alguns dos setores que apresentam deficiência. Para ela a questão que envolve o idoso, principalmente no tocante à violência, é generalizada e requer maior atenção do poder público.
A caminhada que marcou a data foi da Praça Deodoro até a Praça dos Martírios, no Centro, onde haverá um balcão de direitos, palestras e atividades culturais.
A pastoral disponibiliza ainda dois telefones para denúncias de maus-tratos: Disque idoso – 3315-9928, que funciona das 9h às 16h ou o telefone nacional, Disque 100, que funciona 24h.
FONTE: WWW.ALAGOAS24HORAS.COM.BR
terça-feira, 21 de junho de 2011
Mudança na Federação Alagoana de Capoeira
ACONTECEU NO SÁBADO DIA 18 DE JUNHO DE 2011 UMA ASSEMBLEIA GERAL DA FEDERAÇÃO ALAGOANA DE CAPOEIRA, NA SEDE DO COLETIVO AFRO- CAETE, EM JARAGUÁ.
O OBJETIVO DESTA REUNIÃO FOI FAZER UMA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE TUDO QUE FOI REALIZADO PELA FALC DURANTE ESTA GESTÃO, ALEM DA MUDANÇA DE PRESIDENTE.
A ASSEMBLEIA FOI MARCADA PALA DESPEDIA DO ATUAL PRESIDENTE (CONTRA MESTRE MARCO BAIANO) QUE FOI TRANSFERIDO PELA EMPRESA EM QUE TRABALHA PARA SÃO PAULO, FATO QUE IMPOSSIBILITOU SUA PERMANENCIA A FRENTE DA FEDERAÇÃO.
MUITOS MESTRES E PROFESSORES APREVEITARAM O MOMENTO PARA FALAR, E AGRADECER A MARCO BAIANO PELA SUA IMPORTANTE CONTRIBUIÇÃO NA CAPOEIRA DO NOSSO ESTADO, E OUTRO APROVVEITARAM PARA SE PROMOVER E CONTAR SUA HISTÓRIA COMO FORMA DE SE PROMOVER DIANTE DOS OUTROS CAPOEIRISTAS, FATO ESSE QUE FOI REPUDIADO PELO MESTRE DIAMANTE EM SUA FALA.
DURANTE A OCASIÃO O GINGA TERAPIA TAMBÉM OFICIALIZOU SUA INCRIÇÃO NA FEDERAÇÃO, FAZENDO PARTE DO QUADRO DE INSTITUIÇÕES FILIADAS A FALC.
AO MESTRE REMEN QUE É O NOVO PRESIDENTE FICA A RESPONSABILIDADE DE TOCAR O TRABALHO E FAZE-LO CRESCER. DESEJAMOS A ELE BOA SORTE E MUITA SABEDORIA EM SUAS DECISÕES NESTA DIFICIL CAMINHADA.
POR: SÉRGIO ARAÚJO.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
PROJETO GINGA TERAPIA .
O Ginga Terapia é um projeto de inclusão social da ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE MACEIÓ e GRUPO MUZENZA DE CAPOEIRA. Vem sendo realizado desde 2004 Estado de Alagoas com o objetivo de promover a saúde, o esporte e a cultura, podendo ser utilizado recurso terapêutico na reabilitação de pessoas com transtornos globais de desenvolvimento. O Ginga Terapia em sete anos de existência promoveu a 1ª Competição de Capoeira Adaptada para Pessoas com Deficiência em 2004; o 1º Batizado de Capoeira para com Deficiência em 2006 e o 1º Batizado de Capoeira para Terceira Idade em 2010 no Estado de Alagoas, participou da primeira competição de idosos com mais de vinte atletas, além de promover eventos com participação de Mestres de todo o Brasil. Realizamos também uma roda mensal com o objetivo dar visibilidade a capoeira bem como receber capoeiristas de outros grupos de Maceió, as rodas acontecem todas as ultimas sextas feiras de cada mês, na praça do centenário no bairro do farol. O projeto conta com a coordenação dos professores Antonio Sergio e Daniel Isac, que ministram aulas e realizam apresentações envolvendo mais de 150 Crianças, Jovens, Adultos, Idosos e deficientes físicos e ou intelectuais nas unidades da Pestalozzi: Escola Inclusiva Maria do Espírito Santo, Centro Inclusivo Genilda Porto e Policlínica Ana Maria Vieira.
VELHO MESTRE...
Certo dia um velho mestre, senta-se a beira da roda de capoeira e fica a
observar...
Seu jovem neto, um capoeirista, senta-se ao seu lado...
O velho mestre observando aquele jovem, diz:
“Dentro de cada ser humano existem 2 lobos que lutam entre si constantemente.
Um representa o bem e o outro o mal”.
O jovem observando a os capoeirista diz:
“E nessa luta quem vence?
O lobo do bem ou do mal?”.
O mestre olha dentro dos olhos do neto e diz:
“Aquele que você alimenta
autor desconhecido
sábado, 11 de junho de 2011
MESTRE BEIJA-FLOR EM MACEIÓ
MESTRE BEIJA-FLOR MINISTRA AULAS DE CAPOEIRA INCLUSIVA EM UNIDADES DA PESTALOZZI.
AS AULAS ACONTECERAM NA SEXTA FEIRA DIA 10 DE JUNHO DE 2011 E CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DAS CRIANÇAS, JOVENS, ADULTOS E CRIANÇAS ATENDIDAS PELO PROJETO GINGA TERAPIUA DA ASS. PESTALOZZI E GRUPO MUZENZA.
A VISITA TAMBÉM MARCOU A INALGURAÇÃO DA SALA DE CAPOEIRA DA ESCOLA INCLUSIVA MARIA DO ESPIRITO SANTO QUE É A UNIDADE DA PESTALOLLI RESPOANSÁVEL PELO ATENDIMENTO DAS CRIANÇAS QUE NESSECITAM DE UM ACOMPANHAMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO.
O MESTRE BEIJA FLOR É PRESIDENTE E FUNDADOR DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CAPOEIRA INCLUSIVA E PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELA DIVILGAÇÃO DA CAPOEIRA INCLUSIVA E ADAPTADA PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO PAÍS E ESTÁ VOLTANDO PARA SERGIPE DEPOIS DE 15 ANOS
FORA, DIVULGANDO SEU PROJETO.
POR SERGIO ARAUJO
quinta-feira, 9 de junho de 2011
NA GIRA DE CRISTO OU NA GLÓRIA DE EXU?
Uma abordagem epistemológica do sincretismo religioso Afro-Cristão na capoeira.
“Santa Barbara do relampuê ou Santa Barbara do relampuá?...”
“Maior é Deus, pequeno sou eu”, disse o magnifico Mestre Pastinha.
Salve, salve, camaradas, amigos meus! Ou talvez fosse melhor dizer: Axé! Aleluia! Oh Glória, Salve Deus! Paz do Senhor! Sarava meu Pai ou ainda a Paz de Cristo Rei? Como se dará, nesta intitulada pós-modernidade as saudações materializadas nas rodas de capoeira? Como se apresentará os conflitos de âmbito religioso no contraditório lócus figurado pela capoeira?
A capoeira tem tido um papel de inconteste importância e singularidade no mundo contemporâneo. Apresentar-se como uma manifestação cultural de beleza cabal. Presente em mais de 150 países e, reconhecidamente, uma das maiores divulgadoras da Língua Portuguesa. Esta é um dos argumentos que nos remetem a sapiência popular que afirma "o que o mar leva o mar devolve".
Na travessia do Atlântico - sec. XVI -, um povo inteiro foi, forçadamente, levado a uma grande diáspora. Na chegada aos destinos que lhe foram impostos, saíram dos porões dos tumbeiros, espremidos, amargurados, de viagens que pareciam não ter fim; milhões de homens, mulheres e crianças, suportando intempéries como calor, fome, sujeiras, doenças, ratos, antropofagia, preconceitos, humilhações e a morte. Muitos eram jogados pelo meio do caminho no oceano atlântico.
As etnias negras lutaram muito e a Capoeira é, por excelência, expressão de luta em prol de uma liberdade nascedoura de suores, sangue e demais expressões das matrizes dos povos africanos nas senzalas, nas matas e quilombos.
Nesta grande diáspora, os africanos são retirados da sua terra mãe e deportados para novas terras com novos costumes, crenças, simbologias, novos nomes, novo ritualismo religioso e demais novidades impostas pelos poderes instituídos como a religião oficial por exemplo. Destarte, vemos um amálgama da religiosidade africana, mas com significativas tensões com a religião oficial figurada pela liturgia católica romana. Deparamo-nos então, com a religião, costumes, danças rituais e o misticismo africano articulando-se ‘confusamente’ com a religião cristã. Começava historicamente o sincretismo afro-católico no Brasil. Tudo isto concorrendo para plasmar esse caldeirão de religiosidade popular existente até hoje.
O universo das religiões afro-brasileiras que hoje deparamos por estas terras é de uma diversidade riquíssima, visto que expressam diferentes grupos étnicos que originam uma constelação complexa de denominações religiosas: candomblé, nagô, tambor de mina, pajelanças, pretos velhos, umbanda, kibanda, espiritismo afro e outras.
Na trajetória de manifestação da capoeira não seria diferente. Ela é uma arte-luta, que traz em si ampla simbologia, fazem referência a um ritualismo místico e sincrético influenciado pelos processos históricos dos seus primeiros líderes guerreiros, guardiões destas manifestações. Muitos mestres de outrora trouxeram dos seus ilês, terreiros, casa de santo, suas religiosidade, suas crenças, sua fé, sua espiritualidade, pois muitos eram líderes espirituais (babalaôs, pegigans, axoguns, alabês, ogans e outros). Porém, suas práticas e liturgias religiosas se davam sempre em seus ilès (casa religiosa) e nunca na roda de capoeira. Prezavam por tal partição, tendo em vista o respeito pelas particularidades de ambas atividades humanas.
Aludindo a este contexto dos antigos mestres e a deferência que eles mantiveram por sua religiosidade e sua arte – comportamento que denotava o conhecimento e consideração por estas manifestações – é que se diz que a capoeira não pode ser passada, ensinada e experimentada com uma figuração religiosa, dogmática, com comportamentos de alumbramento e louvor, longe disso. Nem deve ser incentivada nela a busca por certas e duvidosas epifanias.
Esta arte-cultural genuinamente afro-brasileira, é para a vida, é terapia, esporte, luta, lazer e outras significações que almejem ao bem estar de todo indivíduo que se proponha a praticá-la.
Atualmente o mundo sofre uma manifestação de muitas seitas religiosas e nesta ambiência não são poucos os que vêm a criar modelos, formas e paradigmas no intento de dar respostas às suas ânsias, dúvidas, vazios e conflitos pessoais e/ou coletivos. Necessário se faz ‘não confundir alhos com bugalhos’ e como bem diz um mestre de capoeira ‘roupa de homem não dá em menino’. Embora o que não pode acontecer é deixar-se a arte-luta da capoeira a deriva, sem rumo, levada por alguns ‘mestres’ ou religiões a procura de uma tábua de salvação.
Os tambores da capoeira tocam e azuelam por nossas ancestralidades; os berimbaus tocam para os nossos lamentos, histórias e alegrias da vida; ambos instrumentos culturais não são para louvar, evangelizar, cultuar espíritos, ou mesmo divinizar mestres nas rodas de capoeira. Estas rodas não precisam de exegeses bíblicas, hermenêuticas e escatologias ou mesmo uma teologia do medo. Vamos afastar este cálice.
A capoeira é cultura popular, manifestação de um povo em ânsia de liberdade. O Mestre Manoel dos Reis Machado (Bimba), foi o primeiro a ter a preocupação de separar o profano do sagrado nas rodas. O mesmo salientou que não podemos misturar e confundir. A religião é uma coisa séria e a capoeira é uma manifestação cultural de todo um povo; ambas têm quer ser respeitadas em seus respectivos ambientes. Os mestres de capoeira têm que observar que o profano não deve se misturar com o sagrado. A que haver cuidado diante de uma possível antromorfização, estados de êxtase e cultos religiosos na roda de capoeira. Não é admirável “mestres” de capoeira ou líderes dessa arte querer ‘cilícios’ em seus alunos, terços no pescoço ou farinha para Exu antes de uma roda no domingo no parque, na praça ou na academia?
A capoeira é livre.
O Batismo do espírito santo, louvor a Jesus de Nazaré ou ritual aos Orixás tem que ser respeitados e tem seus devidos lugares para isso (templos, terreiros e casas de culto, igrejas). Devemos fomentar, cultivar, preservar, respeitar a tradição e os fundamentos da capoeira e suas linguagens corporais e simbólicas. Manifestações religiosas de vários tipos, dentro da roda, podem apresentar-se como algo perigoso, grosseiro e complexo, para a geração de hoje e futura. Quando este amálgama - liturgias, magias, louvores, místicas, cultos, delírios e influências espirituais ou psíquicas - se apresenta como verdade absoluta dentro da roda de capoeira, estamos diante de um problema coletivo e quem sai perdendo é a capoeira.
A arte-luta da capoeira não pode ficar presa a doutrinas ou neuroses obsessivas compulsivas de alguns líderes de capoeira e entidades grupais. Em suma, capoeira não é religião.
O mestre Bimba foi muito firme neste sentido, pois queria ver a capoeira no mundo e por isso ele diria: ‘irei tirar a capoeira de debaixo do pé do boi, da lama.
Mesmo tendo mestres contemporâneos jogando literalmente a capoeira na lama.
Ademais, considerando esta hierarquização doentia e fanática de alguns líderes de capoeira, é necessário um despertar deste mundo de ilusões. A capoeira não precisa de líderes religiosos para se manifestar, mas, nunca com antes, de mestres humildes; não precisa de gurus, mas sim de mestres horizontais e não verticais. A capoeira não precisa de ‘mestre dos magos’, com seus placebos, panacéias e verborragias, mas sim de mestres amigos e irmãos, educadores para e na vida.
Pois meus camaradinhas:
“Aquele que está no claro não sabe quem está no escuro”
“Pois quem é de verdade conhece quem é de mentira”
Capoeira boa se sustenta. Por isso mestre Bimba e mestre Pastinha permanecem até hoje.
(M.BEIJAFLOR)
Saravá Bengola
(Saravá Bengola!)
Manaus-AM ,2010
Verão
Egolatria? Esquizofrenia? Ou um esvaziamento coletivo?
“Na Banguela não pode bater, na Iuna não pode cantar...”. Salve, salve mestre Bimba, o rei, o onipresente, onipotente, pai de todos nós.
Onde vai parar a Capoeira? Pois nos dias de hoje ela já está nos quatro cantos do mundo: escolas, universidades, projetos sociais, nas ruas, nas academias, e rumo às olimpíadas. A capoeira nasceu com ânsia de liberdade, uma luta, uma resistência, que figura na história do povo brasileiro. Mas, nessa pós-modernidade e neste consumismo selvagem e alienante, muitas tradições se perderam e os fundamentos estão sendo jogados ao vento, por muitos “mestres” e “entidades representativas”, desta arte afrobrasileira. Onde vamos parar? Na terra do nunca? Na roda do vale tudo? Onde tudo pode, tudo vale. Está virando um samba de crioulo doido.
A capoeira é a arte da gente. É alma do povo brasileiro, é metafísica, é patrimônio cultural e imaterial deste país; ela não pode estar sendo tratada de qualquer jeito, de qualquer maneira, demolindo suas tradições, seus fundamentos e ancestralidades.
Muitos falam que precisam evoluir, que precisam modernizar, mas é claro que sim. No entanto, existe uma diferença muito grande entre crescer e evoluir. Não se sabe, se o crescer é pra baixo, pro lado, crescer a barriga, crescer a bunda, mas evoluir são outros quinhentos meus amigos!
Nesta decadência atual de um esvaziamento coletivo, muitos capoeiristas que não sabem pra onde vão, porque veio e o que estão fazendo. Não sabem o que cantam, o que jogam e o que tocam. Pobres capoeiristas! Estão seguindo uma fila, um “mestre”, uma quimera, uma hierarquização do nada. Quem perde com tudo isso é só a capoeira.
Estamos assistindo uma espetacularização banal de pantomimas e sistematização de golpes vazios, em busca do nada. E muitos falam se o Mestre Bimba estivesse vivo, ele estaria evoluindo. Tenho certeza que o Mestre Bimba não estaria nesse abismo, pois a Luta Regional Baiana, é eficaz, objetiva e existe até hoje, ele é o cara!
Se muitos falam que não é angola e nem regional é um problema de cada um, pois para quem não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve.
Olhando essa capoeira pós-moderna e fazendo uma análise intrínseca da nossa arte, vejo que muitos capoeiristas estão perdidos, alienados, um mero fantoche, ao bel-prazer de pseudos mestres e instituições. São escravizados e seduzidos por uma ilusão, uma esperança do nada.
Viemos de vários navios, mas estamos no mesmo barco, dizia Martin Luther King. Vamos dar uma rasteira no ego, mestres! Vamos sair da caverna de Platão; vamos matar a egolatria grupal e do umbigo; vamos acabar com os conflitos corporais e vamos jogar na roda das ideias e ações em prol de uma capoeira de verdade, pois só assim seremos unidos e fortes para continuarmos apaixonados e enamorados por essa arte-luta afrobrasileira, guardando os seus fundamentos e tradições.
Precisamos refletir o que queremos deixar para as futuras gerações, pois eu não quero jogar e nem deixar a bengola, “a capoeira do nada”, da bunda no chão, do vazio, sem sentido (a angola da regional moderna).
A capoeira sempre foi e sempre será a arte que liberta das amarras do sistema alienante, não podemos esquecer quem somos e para onde iremos. É preciso ser forte e corajoso, de grande ousadia para poder lançar-se na busca da libertação, do espírito livre, do desprendimento, das coisas impostas verticalmente como verdades absolutas, por falsos mestres e entidades sem compromissos. Estão presos por uma “filosofia barata”, conceitos de ventos, costumes e crenças esquizofrênicas. Vamos acordar! Volte para o corpo, venha para luz!
A capoeira hoje não pode ser levada só pelo um ritmo de “bengola” e esquecer sua verdadeira essência. Onde estão o toque e o jogo de Iúna, Idalina, Amazonas...?
Quando Bimba tocava são bento grande da regional, que era um jogo forte, rápido e duro, depois vinha a banguela, mas hoje é diferente. Qual é o fundamento dessa capoeira de hoje? Joga o quê? Toca o quê? Se eles mesmos falam que não são regional e nem angola, mas tocam Bimba, cantam Bimba, falam de Bimba. É, Bimba ainda é água de beber e inspiração para muitos! Essa capoeira moderna não passa de uma neurose obsessiva, compulsiva e coletiva desta pseudo evolução da capoeira.
A capoeira está há muito tempo em crise, o que queremos mesmo? Graduações de cristais? Grão-mestres de ferro? Sistemas de grupos fechados? Enquanto o mundo está fazendo pontes, eles edificam muros. Penso que estamos perdidos no infinito, doentes e com sede na beira do rio , girando o rio e não conseguimos enxergar o rio. Espero que o atual capoeirista saia da sua armadura de ferro, das suas tensões musculares crônicas, das sombras, desse estado de ilusão.
“O inferno está nos outros...” disse Sartre. A capoeira está em transformação em burilamento, precisamos realmente despertar, fazer uma reflexão sobre o que queremos, o que faremos e para onde iremos? Porque forte mesmo é a capoeira! Verdade mesmo é a capoeira! Pois ela permanecerá e nós passaremos. Temos que seguir adiante olhando para o passado, respeitando as tradições e os fundamentos da capoeira com os pés muito fortes no presente para não perdermos o caminho, a nossa identidade, a nossa essência e os nossos valores e sermos verdadeiros guardiões desta arte-luta afrobrasileira.
Eraldo Gabriel (Mestre Beija-Flor)
mestrebeijaflor@hotmail.com
quarta-feira, 8 de junho de 2011
RODA DAS MÃES
ACONTECEU DURANTE AS COMEMORAÇÃOES DO DIA DAS MÃES DO CENTRO INCLUVIVO GENILDA PORTO
UMA RORA DE CAPOEIRA QUE INTEGROU AS MÃES E OU ALUNOS DO PROJETO GINGA TERAPIA NA UNIDADE DE JOVENS E ADULTOS.
A AÇÃO COORDENADA PELO PROFESSOR DANIEL MAREÇEU APLAUSOS, POIS ALÉM DE DAR OPORTUNIDADE AS MÃES SE DIVERTIREM E BRINCAREM COM SEUS FILHOS, AINDA QUEBRA ANTIGOS PRECUNCEITOS. PROVANDO QUE A CAPOEIRA É REALMENTE A ARTE DA INCLUSÃO.
POR: SERGIO ARAUJO
UMA RORA DE CAPOEIRA QUE INTEGROU AS MÃES E OU ALUNOS DO PROJETO GINGA TERAPIA NA UNIDADE DE JOVENS E ADULTOS.
A AÇÃO COORDENADA PELO PROFESSOR DANIEL MAREÇEU APLAUSOS, POIS ALÉM DE DAR OPORTUNIDADE AS MÃES SE DIVERTIREM E BRINCAREM COM SEUS FILHOS, AINDA QUEBRA ANTIGOS PRECUNCEITOS. PROVANDO QUE A CAPOEIRA É REALMENTE A ARTE DA INCLUSÃO.
POR: SERGIO ARAUJO
terça-feira, 7 de junho de 2011
ATLETA DA PESTALOZZI VENCE CORRIDA DE RUA
ACONTECEU NO DOMINGO DIA 05 DE JUNHO DE 2011 A 3ª ETAPA DO CIRCUITO POPULAR DE CORRIDAS DE RUA, PROVA PROMOVIDA PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPOERTE E LAZER QUE CONCTOU COM O APOIA DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE.
O EVENTO CONTOU COM A PERTICIPAÇÃO DE MAIS DE 200 ATLETAS ENTRE HOMENS, MULHERES, CRIANÇAS, IDOSOS E DEFICIENTES. A PROVA CONTOU COM A ORGANIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ATLETISMO MASTER E ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃOFÍSICA DO IBESA.
A PESTALOZZI MARCOU PRESENÇA COM CINCO ATLETAS QUE TAMBEM FAZEM PARTE DO PROJETO GINGA TERAPIA E O ATLETA JULIO CESAR CHEGOU EM 1º LUGAR ENTRE OS ATLETAS ESPECIAIS.
PARABÉNS A TODOS OS QUE PARTICIPARAM DESSA GRANDE FESTA.
O EVENTO CONTOU COM A PERTICIPAÇÃO DE MAIS DE 200 ATLETAS ENTRE HOMENS, MULHERES, CRIANÇAS, IDOSOS E DEFICIENTES. A PROVA CONTOU COM A ORGANIZAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ATLETISMO MASTER E ACADÊMICOS DO CURSO DE EDUCAÇÃOFÍSICA DO IBESA.
A PESTALOZZI MARCOU PRESENÇA COM CINCO ATLETAS QUE TAMBEM FAZEM PARTE DO PROJETO GINGA TERAPIA E O ATLETA JULIO CESAR CHEGOU EM 1º LUGAR ENTRE OS ATLETAS ESPECIAIS.
PARABÉNS A TODOS OS QUE PARTICIPARAM DESSA GRANDE FESTA.
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